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Entrevista Com UnicornBabby



@UnicornBabby é uma escritora da plataforma do wattpad, produzindo o livro O Garoto Da Sala Sete, que vem narrando a vida de Yuri no presente e dos mortos no passado. O livro está disponível na plataforma, se encontra com mais de 3,3k de leituras e, é atualizado sempre que possível de acordo com a própria autora. E hoje, eu trouxe ela aqui para que ela possa explicar um pouco mais sobre como surgiu essa história que eu achei maravilhosa logo nos primeiros capítulos que li.

Entrevista



Quem é UnicornBabby?
Bom, o nome UnicornBabby realmente não foi algo bem pensado. Não tem muito a ver com que eu realmente sou, sinceramente eu gostaria de poder trocar esse nome, mas mudando um pouco, por trás desse nome sou uma garota normal que tem uma paixão um tanto grande por coisas sobrenaturais e que adora (no bom sentido) pesquisar sobre a morte, ou assassinatos como diz no meu livro (O garoto da sala sete)

Como surgiu a ideia do livro?
A ideia do livro começou comigo assistindo o anime Another. Achei legal a história e tudo mais. Pensei em escrever apenas sobre isso, mas ficaria parecendo uma fanfic, coisa que eu não queria, queria algo mais original. Então vi a série AHS com referências ao Massacre de Columbine e pesquisei sobre ele, assisti documentários, vi fotos e até mesmo os vídeos reais sobre. Então surgiu a ideia de juntar os dois, peguei algumas ideias que já tinha antes e virou O Garoto Da Sala Sete.

Essas ideias que você disse que juntou me fizeram pensar se você já publicou algum outro livro em outras plataformas?
Não eram exatamente livros, mas eu já fui administradora de algumas páginas no facebook (há anos atrás) e publicava pequenas fanfics sobre bandas, mas em uma outra conta minha (que perdi) eu cheguei a publicar três histórias, nenhuma terminada.

Legal. Como conheceu wattpad?
Eu queria um lugar para ler livros e ao mesmo tempo para escrever e ser lida, as outras plataformas não me agradaram muito, então pesquisei e acabei descobrindo o Wattpad e, é a melhor (na minha opinião), ele é cheio de facilidades e de bons escritores.

Acho que falo em nome dos escritores da plataforma o quanto nós ficamos agradecidos por isso. Como você decidiu que queria passar uma história adiante?
Não foi algo decidido, eu sempre gostei de escrever e achei uma boa ideia a história do O Garoto Da Sala Sete, então pensei "Por que não compartilhar?" se eu gosto, talvez outras pessoas gostem e como a história diz sobre perda, morte, até mesmo sobre o desespero e medo de pessoas que passaram por algo horrível como um massacre, achei que isso poderia tornar as pessoas mais solidárias.

Sobre solidariedade, eu notei que na história tem personagens LGBT, sabendo que o Brasil está passando por toda essa fase (vamos dizer assim). Quando você começou a escrever, você tinha ideia de que seus personagens fossem ser aceitos ou criticados algumas vezes? Como Você lida com esse tipo de coisa?
Eu sempre imaginei os personagens homossexuais da minha história sendo aceitos, pois o livro está ali como falei, para tornar as pessoas solidárias, fazer elas pensarem mais umas nas outras e não apenas criticar. Não é porque o personagem é LGBT que mereça menos compaixão que o personagem heterossexual, ali são todos iguais, todos querem encontrar sua paz, todos estão cansados de ver todos seguirem suas vidas menos eles.
 Nenhum leitor nunca criticou a sexualidade do personagem, acho que até gostam da representatividade deles no livro.

Eu sou um desses leitores que respeita os personagens, tanto que aceitação nem deveria ser discutida. Somos todos livres, mas a pergunta é qual seu personagem mais complexo do Livro? Na sua opinião claro.
Acho que Ren é o personagem mais complexo. Ele tinha uma vida boa, uma boa namorada e ótimas notas, era feliz e tinha tudo para seguir com seus sonhos, mas em seu aniversário é morto em um massacre no próprio colégio? Ele agora está com seus 32 anos e nem viveu nada. Ele é complexo porque antes era alguém feliz, mas foi assassinado e sentiu o verdadeiro medo de ser morto e ter a namorada morta, quando Yuri teve a primeira conversa com ele, ele era mais fechado e não falava muito sobre seus sentimentos, agora já está mudando, entende? São muitos sentimentos, muitas personalidades para um único personagem, é um trauma que ele tem que eu não tenho por nem imaginar como é.

Acho que uma das melhores partes de escrever o livro e dar personalidade aos personagens. Tenho essa sensação como incrível porque é aquele personagem que está ali e você diz como ele vai ser e muitas das vezes pode acabar se surpreendendo com isso. Qual música você usaria como chave para seu livro?
Com certeza a música chave e perfeita para meu livro seria Pumped Up Kicks, essa música tem tudo a ver com ele e tem um bom ritmo.

Quando você está escrevendo, compartilha a história com alguém da família ou aquele amigo mais próximo?
Meus pais sabem que escrevo, mas nunca falei o que escrevia essas coisas. Mas quando estou com duvidas eu opto por perguntar a uma amiga virtual que eu tenho, ela dá ótimas ideias do que fazer ou como prosseguir, então tento passar tudo para minhas outras ideias.

Não é só você, mas também muitos escritores são assim. Um Livro e uma frase que te marcou muito?
O livro que me marcou foi o maravilhoso O Menino Da Lista de Schidler, é uma história real triste, porém linda. A frase que me marcou e uso para tudo seria "Não precisa ser fácil, só precisa ser possível" que é só filme Soul Surfer - Coragem De Viver, também baseado em fatos reais.

Estamos chegando ao fim dessa entrevista, mas me sinto na obrigação de perguntar quais são seus planos futuros para a história? E se planeja alguma coisa diferente para 2018 que já está nas portas praticamente?
Acho que a única coisa que realmente planejo para 2018 é terminar o livro, mas também pretendo fazer alguns capítulos especiais, como o especial de Natal e essas coisinhas.

Obrigado por participar, espero mais para frente que possamos trabalhar juntos em algum crossover ou coisa parecida e te desejo toda sorte do mundo.

Eu quem agradeço. Eu adoraria fazer um especial em crossover.

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